Estabelecer um debate com o poder Executivo e Legislativo de municípios da região a fim de constituir um consórcio capaz de mobilizar as cidades da região para o bem-estar da população. Esta foi a proposta da audiência pública que debateu os consórcios intermunicipais. O encontro realizado na quinta-feira (18), proposto pelo vereador Miltinho , contou com a participação de vereadores das cidades de Canguçu, Arroio Grande e São Lourenço do Sul. O prefeito de São Lourenço do Sul, José Nunes (PT), e presidente da Associação dos Municípios da Zona Sul (AZONASUL), solicitou que à Câmara encaminhasse proposição pedindo ao Executivo que envie à Câmara de Pelotas o projeto dos consórcios para análise dos vereadores.O vereador Miltinho ressaltou a importância do projeto e o esforço do prefeito José Nunes (foto abaixo). "É uma iniciativa extremamente importante, e através desta audiência, vamos somar esforços para estabelecer esse debate entre as prefeituras e câmaras, a fim de fomentar o desenvolvimento da região, estabelecendo políticas de gestão para problemas comuns entre cidades vizinhas", disse. O vereador entende que a chave para que o consórcio tenha resultados positivos é a relação de igualdade. "O município maior não pode querer ser superior, autoritário ao menor". Na concepção do parlamentar, as decisões devem ser tomadas em forma de colegiado, com responsabilidade proporcional a todos as cidades envolvidas.
Segundo José Nunes, a proposta apresentada é um consórcio por meio de associação, com objetivo de diminuir encargos para os municípios envolvidos. "São ações colegiadas com objetivo de diminuir custos". Nunes usou como exemplo o consórcio instituído pelas cidades da região Centro-sul: "Pelo consórcio
esses municípios adquiriram remédios com o valor 35% mais baixo". Outro ponto positivo destacado por ele foi quanto a representação nas esferas estaduais e federais: "Um projeto conjunto de vários municípios terá muito mais impacto, do que o pleito de uma só cidade", defende José Nunes."Este é um processo que demanda vontade política", avalia Miltinho. A gestão de um aterro sanitário coletivo, ficando as despesas compartilhadas proporcionalmente entre os integrantes do consórcio; a compra coletiva de remédios, comprando mais por menos, são exemplos de gestão cooperada possibilitada pelos consórcios intermunicipais.
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