Nesta quarta-feira (23), a Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara de Vereadores de Pelotas, debateu a crise no Pronto-Socorro de Pelotas (PSP). Estiveram reunidos na plenarinho do Legislativo, representantes do Conselho Municipal de Saúde, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Santa Casa de Misericórdia, Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSP) e do PSP. Na avaliação dos presentes é necessário definir qual instituição vai ficar responsável pelo serviço de traumatologia. O presidente da comissão, vereador Milton Martins irá encontrar-se com o promotor Paulo Charqueiro, e o secretário de Saúde, Francisco Isaías, para cobrar mais agilidade para resolução da problemática que vem se arrastando a um longo período.
O vereador Miltinho ressaltou a fragilidade do setor de saúde de Pelotas, em virtude da crise envolvendo os traumatologistas. O município está encaminhando pacientes ao Rio Grande. "A comissão quer, em conjunto com as instituições envolvidas, construir uma saída o mais rápido possível, a fim de viabilizar o atendimento aos pacientes, para contornar esta situação", declara.
O representante do Pronto-Socorro, Mario Luis Correa, apresentou a situação segundo informes da Secretaria Municipal de Saúde; de dezembro para cá, os médicos traumatologistas, pediram demissão do PSP, alegando falta de retaguarda dos hospitais, o que comprometeria o serviço e também suas carreiras com a possibilidade da perda do registro (CRM).
Outro problema levantado pelo Dr. Celso Haical, da Santa Casa, foi a definição do teto (aporte financeiro) para o serviço de traumatologia. Na concepção de Haical, nenhuma instituição pode assumir a responsabilidade de um serviço, acreditando em um teto que não vira. "É responsabilidade da Prefeitura e do secretário de Saúde, definir e solucionar a questão do teto para o serviço de traumatologia, definir a instituição, ou as instituições, responsáveis pela traumato, e o quanto irá disponibilizar para a prestação do serviço neste setor".
Na avaliação final da comissão ficou claro que a dificuldade está na falta de uma política pública para saúde, e definição dos responsáveis pelo serviço. Os prestadores de serviços têm o interesse e a disposição de finalizar o caso. Em um novo encontro com o secretário Isaias, e o promotor Paulo Charqueiro, Martins irá relatar os apontamentos da reunião da comissão e buscar alternativas para situação que se estabeleceu mais uma vez no pronto-socorro de Pelotas.
Participaram da reunião o presidente do Conselho Municipal de Saúde Francisco Neto, os médicos Silvio Luis Reis e Eloi Tramontim representando o HUSP, a médica Ana Regina Kugger e Mario Correa pelo PSP, Alípio de Oliveira Coelho da UFPel, e os Srs. Celso Haical e Roberto Lamas pela Santa Casa.