terça-feira, 7 de agosto de 2007

Polêmica da Pedreira Municipal foi discutida no Legislativo Pelotense

Na manhã desta terça-feira (7), os funcionários da Empresa da Pedreira Municipal de Pelotas (Empem) retornaram à Câmara de vereadores. Por unanimidade entre os parlamentares do PT, foi exposto o posicionamento contrário não somente à extinção da razão social, mas também ao não-pagamento dos três meses atrasados de salários dos servidores. A audiência pública, proposta pelo vereador Milton Martins, teve início às 10h30min e contou com a participação do presidente do Sindicato dos Municipários de Pelotas (Simp), Jorge Silva, o Procurador do Município Saad Salim, e o diretor da Empem, Roger Ney. Apesar de ter oferecido um debate profícuo de prós e contras acerca da extinção da razão social da instituição, o evento não propiciou uma deliberação sobre o dia da votação do projeto enviado, há uma semana, pelo Executivo à Câmara.
Um vídeo sobre economia solidária – por iniciativa e como proposta do vereador Miltinho, ilustrando como o cooperativismo pode ser alternativa para casos como o da pedreira, foi exibido na ocasião. Abrindo a sessão, o parlamentar disse que há muitos anos a pedreira vem indicando sinal de alerta, no entanto é uma empresa municipal que não visa lucro, mas servir a cidade fornecendo material para melhorar as condições das ruas de Pelotas. Para o vereador, a Empem tem de funcionar e produzir para vender e combater os débitos. "O Pelotas, o Brasil e o Farroupilha têm muitos dívidas e enfrentam graves problemas financeiros, maiores do que os da pedreira. Mesmo assim, continuam jogando. O governo do Estado também está endividado e nem por isso pára", exemplificou.
Miltinho entende que o problema é antigo, no entanto compreende também que há como trabalhar e administrar esse déficit. Segundo ele, faltou vontade do atual governo para com a Empem e seus empregados. "Nos anos de 2005 e 2006, a Prefeitura comprou apenas 10% da produção da pedreira, porém neste ano, em três meses, não adquiriu nada, assinando o contrato de falência dela própria", comparou. Ele manifestou toda sua indignação com as declarações do governo Fetter a um jornal local, onde condicionava o pagamento dos salários atrasados dos trabalhadores da Empem a aprovação do projeto pelo Legislativo. “Estão vergonhosamente chantageando a Câmara. Fazendo o sofrimento dos servidores de moeda de troca” disparou.
O petista quer uma resolução imediata do executivo, primeiro para a situação dos funcionários da empresa, e segundo uma profunda reflexão sobre o que fazer com a pedreira

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